O
Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima para este ano mais de 73 mil novos
casos de câncer de mama no Brasil, com um risco estimado de 66,54 casos a cada
100 mil mulheres. O câncer de mama ocupa a primeira posição em mortalidade por
câncer entre as mulheres no País. Para mudar essa realidade, a campanha Outubro
Rosa alerta a sociedade sobre os cuidados relacionados à prevenção, diagnóstico
precoce e tratamento da doença.
A
mamografia é o único exame cuja aplicação em programas de rastreamento
apresenta eficácia comprovada na redução da mortalidade por câncer de mama. “O
Ministério da Saúde recomenda o exame de mamografia para mulheres dos 50 aos 65
anos de idade, faixa etária com o maior número de casos diagnosticados. Mas,
40% dos casos acontecem antes dos 50 anos. Isso significa que um grande número
de mulheres que ficaram foram do rastreio da doença. Então, a Sociedade
Brasileira de Mastologia recomenda exame anual a partir dos 40 anos até 74 anos
de idade”, afirma o médico mastologista do Hospital dos Servidores do Estado
(HSE), Carlos Albuquerque, lembrando que o autoexame é fundamental para
perceber os primeiros sinais do câncer de mama.
Não
há uma causa única para a doença. De acordo com Carlos Albuquerque, diversos
fatores estão relacionados ao desenvolvimento do câncer de mama entre as
mulheres. “Envelhecimento, questões relacionadas à vida reprodutiva da mulher,
histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, falta
de atividade física e exposição à radiação ionizante”, diz o especialista.
Câncer de mama masculino
O
índice de diagnóstico de câncer de mama em homens é de um a cada 100 casos em
mulheres. Apesar de raro, pode ser fatal. De acordo com o mastologista Carlos
Albuquerque, o homem não participa do rastreio realizado através da mamografia.
“Além de raro, o câncer de mama masculino é facilmente detectável na palpação.
No próprio banho, o homem, ao se tocar, vai sentir algo diferente. Por isso,
não cabe a realização da mamografia. Ao perceber qualquer alteração na
consistência da mama, endurecimento, alteração na pele é preciso procurar um
mastologista. Mas o homem não precisa fazer mamografia”, concluiu.
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