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sexta-feira, 27 de junho de 2025

Docentes da UPE se mobilizam por alteração na lei que trata dos critérios de ascensão



Movimento de professores da Universidade de Pernambuco (UPE) está apresentando uma proposta para alterar o processo de ascensão profissional, tornando mais justa, ao tempo em que alerta para perda de profissionais qualificados.



Atualmente, o cargo do Grupo Ocupacional do Magistério Superior tem quatro funções: Auxiliar, Assistente, Adjunto e Associado. A progressão funcional ocorre de forma justa, e acessível para todos os professores, até a função de Adjunto. No entanto, para ascender para a função de Associado, os docentes dependem dos critérios estabelecidos no Decreto Lei 38.765/2012 que são considerados excludentes. E os Associados deveriam prosseguir para a função de Titular de carreira, a exemplo da maioria das Instituições de Ensino Superior do Brasil, porém essa função inexiste na UPE.



Para Rejane Ferreira, representante dos professores Adjuntos no Conselho Universitário da Universidade de Pernambuco, é necessário e urgente mudar esta realidade. "Os docentes da UPE pleiteiam mudanças que corrijam essas distorções na carreira dos professores. Para tanto já iniciaram uma mobilização para chegar ao Governo do Estado, e em seguida na Assembleia Legislativa, o pedido das modificações nas leis, criando a função de titular na carreira, a exemplo das Universidades Federais e de inúmeras outras universidades públicas. Do mesmo modo, os docentes solicitam mudanças nos critérios excludentes, estabelecidos no Decreto Lei 38.765/20, que praticamente impedem a maioria dos docentes adjuntos de ascender na carreira."



Números que mostram a distorção



O represamento dos professores na função Adjunto é notório. Em fevereiro de 2025, a UPE contava com 1.259 docentes, destes 63,1% eram docentes adjuntos, representando a maior força de trabalho que movimenta o ensino, a pesquisa, a extensão, como também a gestão da Universidade. Muitos desses docentes adjuntos estão impossibilitados ou tentando superar as barreiras para sua evolução na carreira, devendo sua ascensão ser garantida por lei.



A alteração na lei corrige injustiças e valoriza as outras atividades que fazem parte dos pilares de sustentação das Universidades, ou seja, o ensino da Graduação, a Extensão e a Gestão universitária com suas características peculiares. As mudanças, tornaria a carreira docente na UPE mais atrativa, evitando pedidos de exoneração de professores altamente qualificados para ingressar na carreira de outras Instituições de Ensino Superior.



Desta forma, a mobilização conta com o apoio da Comunidade Acadêmica, aguarda e conta que a sensibilidade do Governo do Estado e da Assembleia Legislativa para mudar esta realidade, até como uma política de fortalecimento da Universidade de Pernambuco.



SAIBA MAIS


A Universidade de Pernambuco é a única universidade pública mantida pelo Estado de Pernambuco. É gratuita e comprometida com a formação, produção e a difusão de conhecimentos. Está presente em todas as mesorregiões econômicas do estado, atendendo estudantes de mais de 80% dos seus municípios.



Com 60 anos de existência, a UPE oferece mais de 65 cursos de graduação, 28 mestrados, 16 doutorados, centenas de cursos de pós-graduação Lato sensu. A universidade contribui com a formação de profissionais de saúde através de seu Complexo Hospitalar formado pelo CISAM, PROCAPE e o HUOC. Além disso, possui o Instituto de Inovação Tecnológica e quatro Escolas de Aplicação.  A UPE conta com mais de 1.200 docentes, dos quais mais de 90% são mestres e doutores, mais de 4.700 servidores e 20.000 estudantes.

 

 

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