Thiago
Pedro Alves, médico ortopedista do SEOT, fala da importância de atuar nos
fatores de risco que levam ao desgaste do disco intervertebral que causa sérios
problemas
A
protusão discal e a hérnia de disco vêm do mesmo local, mas se comportam de
maneiras diferentes. O disco intervertebral se localiza entre cada vértebra da
coluna. Como se fossem tijolinhos um sobre o outro, os discos têm forma
gelatinosa e são os amortecedores natural da coluna, neutralizando o peso do
corpo. O médico ortopedista Thiago Pedro Alves, especialista em doenças da
coluna – com atendimento no SEOT (Santa Efigênia Ortopedia e Traumatologia), em
Caruaru – explica que quando o disco envelhece, leva à dor lombar (parte mais
baixa da coluna). “Às vezes, sai do local onde está guardado. Justamente a
maneira como sai diferencia as duas condições. Se sai pouco, ocorre a protusão
ou abaulamento; se sai bastante ou quase que totalmente do local onde era para
estar, forma a hérnia de disco”.
Os
sintomas da protusão discal e da hérnia de disco são semelhantes e se
caracterizam pela dor que nasce no glúteo (nádega) e pode descer até a ponta do
pé. “É uma dor que rasga, que queima, que adormece e formiga”, explica Thiago
Pedro. Para prevenir, é importante atuar nos fatores de risco que levam ao
desgaste do disco: má postura, falta de atividade física, sobrepeso e genética.
“A correção postural é essencial. O paciente deve entender que precisa ter uma
boa ergonomia no trabalho ou ao dirigir. Fortalecer a musculatura que dá
suporte à coluna, com atividade física orientada por um profissional
habilitado, é fator indispensável. O músculo fortalecido trabalha pelo disco,
evitando ou retardando o desgaste do disco. Atuando nesses fatores é possível
envelhecer com saúde”, reforça o especialista.
O
diagnóstico para a protusão e/ou para a hérnia, pode ser feito de forma
clínica. Exames de imagem podem ajudar a determinar o tamanho da lesão e a sua
localização. Na maioria dos casos, usa-se o tratamento conservador, com
analgésicos e anti-inflamatórios, repouso e fisioterapia. As cirurgias são
feitas em casos extremos da hérnia de disco. “Para este tratamento, utilizamos
a técnica cirúrgica videoendoscópica, que é minimamente invasiva. Por ser
realizada através de uma incisão de menos de um centímetro, por onde entra uma
cânula que vai até o local afetado, o procedimento é mais rápido, menos
agressivo, com menor risco de infecção e o paciente tem alta precoce, o que
indica um avanço muito grande”, conclui o ortopedista Thiago Pedro.
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