A forma de amar e se relacionar no Brasil está mudando. Pela primeira vez na
história, as uniões estáveis ultrapassaram os casamentos formais. De acordo com
o Censo Demográfico 2022 - Nupcialidade e Família: Resultados preliminares da
amostra, divulgado nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), 38,9% dos casais optaram pela união estável,
enquanto 37,9% escolheram o casamento no civil e religioso. Em Pernambuco, o
cenário seguiu a mesma tendência das métricas nacionais com o registro de
1.163.589 casamentos no civil e religioso; 958.292 casamentos só no civil;
70.888 casamentos apenas religiosos; e 1.637.790 uniões estáveis.
Em cidades como Petrolina, no Sertão, por exemplo, esse comportamento apareceu
ainda mais forte. Segundo o Censo, 45,5% dos casais do município escolheram a
união estável, enquanto 28% se casaram no civil e religioso, e só 1,8% optaram
apenas pela cerimônia religiosa.
Segundo o presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do
Estado de Pernambuco (Arpen-PE), Marcos Torres, formalizar a união estável em
cartório é um passo importante na garantia da segurança jurídica do casal. “A
união estável pode e deve ser registrada em cartório. Isso formaliza a data de
início da relação e assegura os direitos do casal em situações como separação,
falecimento ou partilha de bens”, explica Marcos Torres, que também é
registrador civil em Petrolina.
Os dados do IBGE e o movimento observado nos cartórios reforçam que a maneira
de formalizar as relações está mudando e o papel dos cartórios neste cenário é
fundamental para garantir que essa escolha venha acompanhada de segurança,
respeito e direitos iguais.
Fotos: Pixabay
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